PUBLICAÇÕES

Ravi Malek e Freddie Mercury estão entre nós


     Bohemian Rhapsody é um filme que veio desde sua gênese carregado de expectativas e controvérsias. A começar pela mudança no projeto inicial, que sofreu a intervenção dos outros membros do Queen (e levou à saída de Sacha Baron Cohen, que interpretaria o protagonista), além da demissão de Bryan Singer no meio da produção, após acusação de abuso sexual. A produção foi conturbada e levou quase 10 anos para sair do papel. Tudo bem, valeu muito a pena! Além disso, a escolha de Rami Malek (Mr. Robot) para interpretar Freddie Mercury pareceu ser uma aposta arriscada e foi um acerto e tanto.



      Todos estão fantásticos em seus papéis, especialmente Malek, que dedicou-se integralmente ao papel. Se ele não está completamente idêntico a Mercury, é possível notar como o ator estudou (e muito bem) a linguagem corporal do cantor e a entonação na voz. Outro destaque, sem dúvida, vai para Gwilym Lee, que ficou absolutamente idêntico ao guitarrista Brian May. O restante do elenco é muito competente e as interações se mostraram bem orgânicas, com poucos engasgos, o que se deve não a problemas de interpretação, mas do próprio roteiro e direção.

     

     O figurino, por sua vez, é um espetáculo à parte. Em filmes ambientados nos anos 1970 e 1980 é difícil, por vezes, encontrar uma caracterização que não pareça uma festa à fantasia. O aspecto espetacular e excêntrico da moda da época é difícil de reproduzir sem descambar para um visual artificial. Neste ponto, o trabalho de Julian Day é preciso, equilibrando todos os matizes da moda das duas décadas e tornando o mundo do filme acessível e ao mesmo tempo envolvente.

     A música dispensa comentários. O grupo Queen agrada a qualquer pessoa. Todo mundo tem, pelo menos, uma música favorita da banda. Quase todos os grandes hits estão no filme: Bohemian Rhapsody, I Want to Break Free, Radio Ga Ga, We Will Rock You, Love of My Life etc.

      E o filme, para quase todas as músicas, utiliza-se de uma representação anedótica sobre o processo de criação, paralelo ao momento em que a banda passava. Tudo é muito bem feito e de se tirar o chapéu. As músicas do Queen são, geralmente, empolgantes ou emocionantes.

Queen e Paul Rodgers mostram que passado não é coisa de museu


Foto(s) relacionada(s):   Rami Malek encorpora com brilhantismo Freddie Mercury     


Classificação: Excelente


Deixe aqui seu comentário   -   Recomende este artigo!





« Voltar