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Música ajuda a recuperar doentes


Fonte: Diário do Nordeste

No município de Araripe, músicos do , Terapia do Som levam alegria e conforto para pacientes em tratamento.A música está sendo adotada neste município, em ambientes como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e postos de saúde, por meio do projeto Terapia do Som. Um trabalho que envolve interatividade. Na pequena cidade, que hoje é palco de um festival anual de música antiga, o lema é “musicalizar e humanizar o ambiente terapêutico e organizacional”. Os instrumentos como violino, sax e violão chamam a atenção do público, mais que esperançoso pelo restabelecimento da saúde, e com a doce canção.

O trabalho partiu de uma parceria entre a prefeitura local e a ONG Instituto Atos. Com várias ações culturais espalhadas pelo Cariri cearense, a entidade iniciou o Projeto Terapia do Som, ação em parceria com a administração municipal de Araripe. Nesta primeira etapa dos trabalhos, serão realizadas apresentações, visitas e vivências musicais nos equipamentos públicos de saúde.

As atividades desenvolvidas pelo projeto envolvem apresentações nos postos de saúde vinculados ao Programa Saúde da Família (PSF), com um trio formado por saxofone, violino e violão. Os músicos seguem o repertório da chamada Música Popular Brasileira (MPB), tocado na recepção ou na área onde se concentram o maior número de pacientes do equipamento, executando entre uma pausa e outra do tratamento.

Para o presidente do Instituto Atos e criador do projeto, Elisandro Carvalho, o trabalho é uma forma de fornecer “pílulas informativas”, que são informes gerais sobre saúde e veiculação ao vivo de músicas educativas em saúde que enfoquem a dengue ou outras temáticas do bem-estar.

Num segundo momento, concebido para as dependências do Hospital Regional Lia Loiola de Alencar, os músicos Damião Souza, Saymon Rodrigues e Paulo Nunes iniciam sua apresentação nas áreas de triagem e ambulatório, bem próximos do público.

O intuito do projeto é contribuir com a redução do nível de estresse provocado nos pacientes pela espera do atendimento médico, além de tornar o ambiente de trabalho dos profissionais de saúde (como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipes de apoio) menos insalubre e tensionado. Em seguida, as atividades no hospital são encerradas com as visitas musicais, quando os artistas executam músicas junto aos pacientes internados.

Segundo o médico José Humberto Germano Correia, apoiador e entusiasta da idéia, um dos momentos mais importantes do projeto Terapia do Som é realizado dentro do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps). Este é o momento em que o trio musical, além de executar peças do repertório preparado, faz sua apresentação em parceria com os pacientes psiquiátricos, estimulando-os a pedir suas músicas, cantarolar trechos ou indicar de qual novela ela faz parte. Os pacientes passam a interagir com os músicos, apropriando-se do momento e, ao mesmo tempo, ajudando no resgate da memória dos instrumentistas.

De acordo com Elisandro Carvalho, o paciente psiquiátrico M. A. S. tem sido uma grata surpresa por ter uma capacidade de memorização incomum entre os seus pares. Ele consegue registrar vários títulos e compositores de suas canções preferidas, principalmente forró. O presidente da ONG Instituto Atos fez solicitação formal para que sua médica psiquiatra avalie a possibilidade de autorizar a participação dele como monitor do projeto.



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